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Petrobras causa danos ambientais a pescadores

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Mensagem  GILSON BRAGA Seg maio 23, 2011 10:43 am

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As constantes operações sísmicas da Petrobras nas regiões das lagoas e do mar para exploração de petróleo, em território alagoano, têm provocado danos ambientais e prejuízos financeiros ao pescadores com o desaparecimento do peixe.

O presidente da Colônia Z8 do Pilar, Josué Félix da Silva, disse que esse tipo de operação compromete a pesca, único meio de sustento de boa parte das famílias pilarenses que têm a Lagoa Manguaba como fonte de renda. “Na região onde a estatal petroquímica realiza essas operações, o peixe desaparece e o pescador fica numa situação financeira bastante delicada comprometendo a sobrevivência da mulher e dos filhos”, declarou.

A Petrobras, contudo, não parece preocupada para com a sobrevivência do pescador, embora reitere no marketing institucional seu compromisso para com responsabilidade fiscal e a preservação do meio ambiente. No último mês de abril, ocorreu um vazamento de óleo no riacho Lameirão que faz parte do complexo lagunar Manguaba.

Esse vazamento de óleo proveniente de uma área de exploração da Petrobras provocou a mortandade de peixes, principalmente, das espécies de peixe tilápia, bagre e carapeba. Em vez de esclarecer a comunidade sobre o vazamento, a estatal tentou escondê-lo ao dificultar o acesso de técnicos ambientais e da comunidade à região, denunciou o presidente da Colônia de Pescadores Z8 de Pilar.

Esses fatos prejudiciais ao meio ambiente à atividade pesqueira em Alagoas são muitas vezes ignorados pela Petrobras. A estatal também desconhece o verdadeiro impacto socioambiental das operações sísmicas no litoral alagoano propor cestas básicas às famílias dos pescadores, declarou o advogado da Federação dos Pescadores do Estado de Alagoas (Fepeal) e da Confederação Nacional da Psicultura e Aquicultura, João Omuki.

A petroquímica comete dois equívocos, segundo o advogado: oferecer cestas básicas por um período de seis meses enquanto o peixe some por mais de dois anos na área onde acontece as operações sísmicas para a descoberta de petróleo; e resistir em ver a pesca como atividade socioeconômica como qualquer outra inerente ao sustento das famílias.
Omuki disse que esse atual quadro pode ser revertido com a organização dos pescadores e a participação da comunidade contra esses demandos ambientais.

A presidente da Federação dos Pescadores do Estado de Alagoas (Fepeal), Maria Eliane Conceição falou que a entidade vem procurando organismos governamentais e representantes da sociedade alagoana que possam ser parceiros e colaborarem para a defesa das causas dos pescadores e ao mesmo tempo pelo fortalecimento do pescador.

A convite da Fepeal, o deputado estadual Inácio Loiola, participou na manhã desta última quarta-feira da sessão na Câmara Municipal do Pilar, onde se debateu a necessidade de coibir os prejuízos ambientais causados pela Petrobras, com denúncias ao IMA e ao Ibama, e ao mesmo tempo de ressarcir as comunidades alagoanas de pescadores vítimas da mortandade de peixes provocadas pelo vazamento de óleo e derivados.

Na oportunidade, discutiu-se também que a classe de pescadores precisa unir-se mais para defender políticas públicas voltadas ao interesse da atividade pesqueira em Alagoas.

Em pronunciamento à Assembleia Legislativa de Alagoas, o deputado estadual Inácio Loiola disse que a preservação do meio ambiente é uma necessidade premente de toda a sociedade – seja da iniciativa privada, seja do pode público –, portanto, é inconcebível que a Petrobras, considerada modelo mundial na exploração de petróleo, mostre descaso para com os recentes acontecimentos de vazamento de óleo na região do município do Pilar causando sérios prejuízos aos pescadores.

Esses problemas precisam ser sanados pela petroquímica. “Os pescadores alagoanos não podem comprometer a sobrevivência de suas famílias pelos vazamentos de óleo e essas operações sísmicas que deixam a área sem peixe por um longo período”, declarou, acrescentando “apenas cestas básicas não resolvem as necessidades dos pescadores”.

A Petrobras é uma empresa renomada que tem muito a contribuir para o desenvolvimento do Estado de Alagoas, porém, precisa sair do discurso e pôr em prática a política de responsabilidade social e de desenvolvimento autossustentável, concluiu o deputado.
Fonte:Ascom/Deputado Inácio Loiola
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